quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Engelbart, pai do mouse e avô do ambiente gráfico

ao entender que os computadores iriam se desenvolver até o ponto em que a exibição de gráficos seria algo trivial, e que era mais importante facilitar o uso do que investir em potência, a Microsoft conseguiu democratizar o uso do PC.

O ambiente gráfico, é claro, não foi invenção da empresa de Bill Gates. Nem mesmo da Apple de Steve Jobs, que, com o Lisa, já utilizava o conceito de ícones para representar arquivos e programas. No DNA de ambos os sistemas está o NLS, programa desenvolvido em meados dos anos 60 pelo pioneiro da computação Douglas Engelbart.




















Engelbart, pai do mouse e avô do ambiente gráfico.
(Foto: Divulgação/Douglas Engelbart Institute)

Inspirado no Memex, máquina sonhada pelo também americano Vannevar Bush 20 anos antes, Engelbart queria usar os computadores para expandir a capacidade de pensamento do ser humano. Para acessar informações dispostas em uma tela, ele movimentava uma pequena caixa com botões e engrenagens.

Este primeiro mouse foi cair nos colos da Xerox, quando a empresa adquiriu toda a produção do laboratório de Engelbart - o Augmentation Research Center, parte do Stanford Research Institute - como ponto de partida para pesquisas que buscavam entender como funcionariam os escritórios do futuro.

Com o mouse e a a semente do ambiente gráfico nas mãos, os pesquisadores do Xerox PARC - sigla para Palo Alto Research Center, nome do laboratório da empresa no coração do Vale do Silício, na Califórnia - criaram em 1973 um modelo que até hoje não foi substituído: a chamada "metáfora do desktop". Ou seja: a tela do computador deveria imitar uma escrivaninha de trabalho, com reproduções digitais de equipamentos que já faziam parte do dia a dia do funcionário comum americano.

É por isso que, quando pensamos nos programas e funções mais básicas de um computador, pensamos em pastas, blocos de notas, relógios, agendas e calendários: tudo vindo de cima de nossas mesas de trabalho. A exceção é a lixeira, que normalmente fica no chão...


 











Laboratório da Xerox no Vale do Silício, nos anos

70. (Foto: Divulgação/Xerox)

Há diversas versões de como o mouse e o ambiente gráfico, desprezados pela Xerox, foram reaparecer em produtos da Apple e da Microsoft. A mais popular é retratada no livro "Fogo no Vale", de Paul Freiberger e Michael Swaine, que em 1999 foi adaptada para o cinema no filme "Piratas do Vale do Silício". Steve Jobs compra o direito de pilhar as criações do PARC, e depois vê suas próprias versões do ambiente gráfico "inspirando" o produto da empresa de Bill Gates.

É ficção demais. A verdade é que tanto a Apple quanto a Microsoft recrutaram pesquisadores do PARC, que levaram com eles a cultura computacional que era discutida no laboratório da Xerox. A Apple, por exemplo, recrutou Alan Kay, gênio da usabilidade que advogava, já naquela época, que um computador deveria ser mais fácil de operar que uma televisão ou um forno de micro-ondas. O programador Lee Jay Lorenzen criou, para a Microsoft, um dos primeiros ambientes gráficos para DOS, o GSX, anos antes da companhia de Redmond lançar o primeiro Windows.

Futuro

O domínio da era do PC fez com que a Microsoft estivesse presente em 9 em cada 10 dos mais de 1 bilhão de computadores pessoais existentes em atividade atualmente, segundo dados da consultoria Gartner. A cada ano, cerca de 300 milhões de novos computadores com Windows são vendidos no mundo.

O mercado de PCs tradicionais, no entanto, já não cresce tanto quanto o de equipamentos mais simples e portáteis, como tablets e smartphones. Aparelhos com o iPhone, da Apple, e a família Android, do Google, fizeram a venda dos chamados celulares inteligentes dobrar entre 2009 e 2010, atingindo 80 milhões de unidades só no 3º trimestre deste ano. O mercado de tablets, praticamente reinventado pela Apple com o anúncio do iPad em janeiro, deverá ser de 55 milhões de unidades no próximo ano. A participação da Microsoft nestes dois setores? 3% e 0%, respectivamente.

Os sistemas Mac e Linux, que nunca incomodaram o Windows na disputa pelo usuário final, brigam pelo controle do mundo da internet móvel. A Apple, de quem a Microsoft tomou a liderança entre os sistemas operacionais no início dos anos 1980, não tem problema para vender os iPhones e iPads que é capaz de produzir. O Google Android, com pouco mais de dois anos de vida, já está presente em mais de 250 modelos de telefones e tablets.

Para se recuperar, a ex-maior empresa de tecnologia do mundo - superada em valor de mercado pela Apple em 2010 - decidiu começar do zero: tudo o que havia sido feito em sistemas operacionais para celulares foi para o lixo. Mas diferentemente da chegada do Windows 1.0, há 25 anos, a jogada da Microsoft não é lida como ousada, mas sim como necessária.





Windows faz 25 anos como líder do presente, mas ainda sem pé no futuro

Sistema operacional da Microsoft está presente em 90% dos computadores.


Empresa segue atrás de rivais na internet móvel, com celulares e tablets.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tela do Windows 3.1, lançado em 1992.(Foto: Reprodução)
 
Em uma época na qual os PCs para uso profissional tinham, em média, cerca de 0,1% da potência de uma máquina doméstica vendida por cerca de R$ 1 mil hoje em dia, decidir desperdiçar poder de processamento com firulas como gráficos e ícones parecia uma aposta insensata.

A Apple, que havia embarcado nesse caminho, parecia caminhar para o mercado de nicho. Enquanto isso, a plataforma PC, criada pela IBM, transformava em padrão comandos de texto como "dir", "cd..", "copy", do sistema operacional DOS. Por que então a empresa de Bill Gates, dona do DOS, decidiria gastar tempo - e dinheiro - em algo que, em princípio, servia para deixar o computador mais lento?

Vinte e cinco anos depois da chegada ao mercado de sua primeira versão, que aconteceu em 20 de novembro de 1985, o Windows está presente em mais de 90% dos computadores pessoais do mundo. Nesse período, o programa deixou de ser uma extensão do DOS - como foi até o surgimento do Windows 95 - para se transformar em um sistema operacional completo.

siga a evolução do sistema


Programa lançado pela Microsoft em 1985 popularizou conceito do ambiente gráfico, e segue no mercado até hoje























































 

















 
















 


















 

































 
























Google aperfeiçoa sistema de borrar pessoas e objetos no Street View

Novo mecanismo desfoca apenas o item selecionado, não toda a cena.


Para solicitar a remoção das imagens basta clicar em 'Informar um problema'.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Câmera é alta e tem visão privilegiada, o que causou polêmica.
 
Em 2007, o Google introduziu o Street View, uma nova maneira de navegar pelas ruas em 360°, ao Google Maps. Hoje, o serviço já tem imagens panorâmicas das ruas de mais de vinte países do mundo todo, de sete continentes. Também foram implementados diversos recursos interessantes para que o usuário pudesse navegar e interagir com essas imagens. Um desses recursos é a ferramenta “Informar um problema,” localizada no canto inferior esquerdo da janela da imagem. Com esta ferramenta simples, as pessoas podem avisar se gostariam de remover do Street View a imagem de sua casa, do seu carro ou de si mesmas.

Até agora, quando as solicitações eram recebidas por essa ferramenta, toda a imagem ao redor do pedido específico era bloqueada. Mas agora, graças às melhorias no sistema utilizado para desfocar casas, carros e pessoas, o Google pode borrar apenas o objeto solicitado, sem a pagar tudo que aparece em volta, como placas de rua e árvores. Esse novo processo será implementado nas novas solicitações de remoção em todos os países onde o Street View está disponível. Como sempre, basta utilizar a ferramenta “Informar um problema” que todas as solicitações serão analisadas imediatamente

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Gestão da Informação Digital - webwriter

Gestão da Informação Digital


Escrever para internet é complicado. Imagens, vídeos, anúncios e links se misturam ao texto que, para prender a atenção do leitor, precisa ser cada vez mais atraente. É nesse contexto que surge o webwriter, profissional responsável por pensar a informação em meios digitais. Seu objetivo é fornecer informações e possibilitar uma boa experiência de navegação a um usuário disperso e exigente.

Pelo nome, pode até parecer, mas o cargo não tem sido ocupado apenas por profissionais da área de jornalismo ou comunicação. Profissionais que lidam com texto desde a faculdade tem sim, vantagens na hora da contratação, mas ter um bom texto não é o principal requisito. Muito pelo contrário. Pessoas formadas em áreas como engenharia e tecnologia também tem sido muito bem-vindas devido à sua capacidade de organização e ao hábito de lidar com a tecnologia.

Apesar da tradução, o termo webwriting, carrega um conceito que vai além da redação online. O profissional que trabalha com webwriting é responsável por trabalhar, não só com texto, mas também com outras ferramentas relacionadas às mídias digitais.“O texto é apenas uma parte, talvez menos da metade, da tarefa do webwriter. O profisional vai lidar com outros assuntos como arquitetura da informação, usabilidade, acessibilidade, direito digital, SEO etc”, explica Bruno Rodrigues, autor do livro Webwriting – Pensando o texto para a mídia digital e um dos maiores especialistas do Brasil nessa área. Para ele, o nome da profissão, inclusive, deveria ser outra: “É um erro traduzir como redação online. No inicio, o objetivo era esse. Hoje em dia, o nome ainda é o mesmo, mas webwriting significa muito mais. Para mim, o nome correto, hoje, seria Gestão da Informação Digital.”

Partindo desse ponto de vista, o webwriting não seria um campo isolado do trabalho com mídias digitais. Ainda segundo Bruno Rodrigues, o webwriting seria “uma ferramenta dentro de uma caixa de ferramentas chamada marketing digital”. As outras ferramentas da caixa seriam a arquitetura da informação, o design, a otimização de sistemas de buscas (SEO), a atuação em redes sociais etc. E para crescer profissionalmente, seria interessante juntar todas elas.

Na área de Gestão da Informação Digital também é preciso levar em conta que se está lidando com o novo usuário de internet. O webwriter é o profissional capaz de definir a relevância e a disposição das informações no site, visando manter o foco do usuário naquilo que está sendo veiculado. De acordo com a cartilha Padrões Brasil e-Gov desenvolvida este ano pelo Governo Federal, “uma das principais funções do redator web é agir como guia de turismo dos sítios”, enxergando as informações produzidas nos mais diversos formatos, e distribuindo ao longo das camadas.

O excesso de informações e as possibilidades de mudança de foco presentes na web são, ao mesmo tempo, a razão de existir um profissional webwriter e uma de suas maiores armadilhas. Como explica Marcos Moura, editor-executivo do site Nós da Comunicação: “a comunicação digital obriga o mercado a repensar a forma de fazer Comunicação, que estava moldada por modelos antigos. No entanto, a ‘histeria digital’, essa overdose de informações sem importância, pode atrapalhar todo o processo da comunicação digital, não deixando claro para alguns o que é e o que não é relevante”.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A internet ameaça a língua portuguesa?



Foram mais de 200 respostas, em dois anos e meio de fórum. E ainda hoje chegam respostas. A pergunta era simples: "O internetês é uma ameaça à língua portuguesa"? O sucesso era previsível; afinal, a questão juntava um tema da atualidade – a internet, a informática, as novas tecnologias de informação e comunicação (as NTICs) – a um assunto que afeta todos os professores: a capacidade e as formas de expressão dos jovens.

No meio dos comentários, mensagens de vários tipos que não abordam o assunto, muitas delas pedindo bibliografia sobre o tema. Outras aproveitam o espaço para fazer sugestões e elogiar o site.

O fato é que os códigos usados especialmente por jovens para sua comunicação através da internet, cheios de abreviações, reduções e emoticons, são desconhecidos por pessoas que – sendo professores, pais ou não – se incomodam com seu uso, visto que não dominam seu significado. Por isso, passam a ter medo das informações que estariam sendo transmitidas.

Ficou nítida a divisão entre aqueles que acham que sim, consideram o internetês uma ameaça à língua; e o outro grupo, que acha que não, que é apenas uma forma de expressão diferente.

Os participantes que consideram o internetês pernicioso destacam como consequências negativas o aumento de erros de grafia, visto que o estudante irá gravar mentalmente a forma que utilizou no MSN e não a que encontraria nos livros ou jornais (que ele lê mais raramente). Mais do que a ortografia, "o uso desse estilo de linguagem acaba viciando as pessoas a escrever incorretamente", na opinião de Mirian Santos. Rose Periard vai além e considera a valorização do internetês uma inaceitável "inversão de valores". Ana Cláudia Damit, ao retomar o tema de sua monografia, destaca que esse uso pode ser especialmente problemático para a criança que estiver se alfabetizando, porque ela pode misturar os códigos. São avaliações semelhantes à de Alexandre Amaro, que deu a definição mais sucinta para a questão apresentada: "português versus informática".

As pessoas que não veem como ameaça reconhecem que a linguagem da internet tem sua hora de ser utilizada; o que importa é que as pessoas saibam o momento de usar a língua formal e o código próprio do grupo. Como escreveu Ana Paula, "o que nossos alunos devem aprender é a diferenciar os momentos de utilizar esse tipo de linguagem". Quando isso não ocorre, sobrevém o que Tânia Rocha registra: "por diversas vezes peguei alunos usando a escrita do MSN nas atividades de sala de aula".

Quanto a este aspecto, Ana Cláudia Damit sugere que sejam realizados exercícios para marcar a diferença entre as situações em que deve ser usado um e outro código: por exemplo, uma comparação entre um scrap (recado) do Orkut e uma poesia de Drummond.

Outras pessoas, como Marilda Peres da Silva, consideram que, ao contrário dos que reputam-na uma ameaça, a internet "incentiva nos adolescentes a leitura e a escrita, pois é preferível eles criarem do que receberem já pronto", como acontece com a televisão (o exemplo é dela). Em relação a isso, Ana Claudia Damit destaca outra característica: o internetês é divertido, "é como a língua do pê, tem um quê de brincadeira, mesmo".

Para os internautas que defenderam o uso desse código, a pressa, a instantaneidade e a informalidade de aplicativos como chats, MSN, ICQ e o site de relacionamentos Orkut são a causa da sua disseminação.

De certa maneira, em outros tempos essa agilidade na escrita era realizada por abreviaturas manuscritas, como por exemplo a barra ( / ) para significar "mente". Dessa forma, facilmente era escrito facil/. As palavras porque, qualquer, também eram abreviadas: viravam pq, qq, tb – como, aliás, é utilizado na internet. Outras formas, como pt, ateh, soh, jah, usadas atualmente para evitar a acentuação, já eram usadas nas mensagens telegráficas e nos "pré-históricos" aparelhos de telex. Vale lembrar aqui outra forma de escrita ágil: a taquigrafia, empregada ainda hoje em ambientes formais, como as sessões do Congresso Nacional e em alguns locais do Poder Judiciário.

Ainda assim, como comenta Alessandra Marques Campos, o internetês contribui para o "empobrecimento do já pouco vocabulário dos jovens". Concordando com ela, Ana Cláudia considera que as pessoas realmente têm perdido o rigor com o idioma nas situações cotidianas. A escola e a família, que eram esses ambientes, estão mais "condescendentes", menos rígidas, aceitando um uso "desleixado" do idioma. Para ela, porém, é possível cuidar disso. Como? Criando na escola e em casa espaços e situações para usar a língua culta.

Aliás, a modalidade culta de nosso idioma está tão vinculada à escola que vários participantes mencionaram a contraposição do internetês com o ambiente escolar, não com o português. Há quem aponte soluções para que o internetês não "atrapalhe a vida dos alunos". João Carlos Paiva escreveu – ou teclou, como preferem os internautas – sua opinião abordando especificamente a escola pública: nelas, "a escrita ainda caminha a passos de tartaruga. Normalmente não há interesse para que a escrita torne-se algo de vital importância dentro do contexto educacional brasileiro". É inegável que essa é uma função que o internetês exerce com alta competência.

Para Márcia Esbrana, a agilidade desse código tem um significado mais amplo: é "um novo meio de comunicação". Sérgio Ney concorda com essa opinião: "é uma forma nova de comunicação de pensamentos, emoções e sentimentos". Na opinião da argentina Mônica Márquez, "é o jeito criativo e sintético" de falar pela internet.

Sheila Alves Brito e Fabiana Santos Farias têm uma avaliação semelhante à do linguista Marcos Bagno: é uma variação meramente ortográfica da língua, "voltada para a comunicação", nas palavras de Ana Andréa Dalloul.

Por estar fortemente vinculado à juventude, o internetês é lembrado por muitos como "o português do futuro": com o passar dos anos, os jovens não escreverão como "os antigos" (aqueles que não utilizam o código), como afirma Sueli Marques da Silva. Por sua vez, Edina registra que esse é um fenômeno internacional, que atinge outras línguas. Mais que isso: o internetês possui uma característica de todos os idiomas vivos: ele se modifica, se transforma de acordo com seus falantes ou usuários. O problema pode surgir quando o internetês perder sua função comunicativa, como supõe Francisco Borba: o internetês pode "chegar a uma forma tão condensada e complexa que se torne obscura e secreta – e aí ele perde a função comunicativa. Em princípio, tudo bem, cada um usa a linguagem do jeito que quer, com a condição de que se faça entender".

Ampliando o contexto do tema deste "Discutindo", Cida Gorito compara o uso do internetês às mudanças que vêm ocorrendo – especialmente no que se refere às comunicações – e o considera um "meio de comunicação riquíssimo".

Ana Cláudia acha "natural misturar linguagens. Os adultos também misturam, quando usam 'deletar' e 'printar', juntando inglês e português, quando o mais correto seria utilizar apagar e imprimir". Para ela, "o pior é tentar negar a presença e a força do internetês" ou querer usar esse código fora de hora

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

'Apple-1' será vendido com a embalagem original e manuais de instruções.

Computador produzido pela Apple em 1976 vai a leilão por 150 mil libras.
'Apple-1' será vendido com a embalagem original e manuais de instruções. Aparelho foi produzido por Steve Jobs na garagem de seus pais.
O primeiro computador produzido por Steve Jobs na garagem de seus pais e comercializado com a marca Apple está à venda por 150 mil libras, cerca de US$ 242 mil.

Primeiro computador da Apple, produzido em 1976, vinha com fita cassete. (Foto: Reprodução)

Cerca de 200 aparelhos originais da primeira versão do computador, chamado de “Apple-1”, foram produzidos e lançados em 1976, porém apenas alguns sobreviveram. Na época, o aparelho era vendido por US$ 666,66.


Steve Jobs e Steve Wozniak, em 1975. Apple seria fundada um ano depois.
(Foto: Margret Wozniak/Divulgação)

O "Apple-1", que foi descontinuado em setembro de 1977, será vendido com a embalagem original, manuais de instruções e uma carta assinada por Steve Jobs, em que ele dá dicas sobre o melhor monitor e teclado.
Uma fita cassete extra para armazenamento acompanhava o computador, que tinha memória de 8K, 524 mil vezes menor que o padrão usado pela Apple hoje.
O "Apple-1" será vendido pela casa de leilão Christie's, em Londres, em 23 de novembro.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Excel - O que é: sintaxe e argumento

Excel - O que é: sintaxe e argumento
Se você usa o Excel, provalmente já viu funções sendo apresentadas assim: RAIZ(núm), SOMA(núm1;núm2; ...), MAIÚSCULA(texto).
Isso é o que chamamos de sintaxe da função, ou seja, a estrutura a ser seguida para se utilizar a função. Por exemplo, se queremos calcular a raiz quadrada de 9, é só digitar =RAIZ(9) em uma célula do Excel. Sempre da forma descrita na sintaxe: primeiro o nome RAIZ, abre parânteses, o número do qual você quer calcular raiz, fecha parênteses. Se essa estrutura não for obedecida, o Excel acusará um erro. Veja esses exemplos de uso errado da função RAIZ: RAIS(9), RAIZ(9;), RAIZ)9(. 
Os argumentos são os elementos que vão dentro dos parênteses, ou seja, é aquilo que vai ser usado no cálculo da função. Nas funções do primeiro parágrafo, os argumentos são, respectivamente, núm; núm1, núm2...; texto.
Resumindo: sintaxe é a estrutura da função, argumentos são as variáveis que serão usadas no cálculo da função.
Falando em argumentos, o que você acha do argumento abaixo?

Driblando os vilões do Wi-fi

Driblando os vilões do Wi-fi
Conheça os problemas mais comuns que podem reduzir o sinal da sua rede sem fio e saiba como contorná-los.


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O baixo custo dos roteadores wireless, aliado com a queda dos preços dos laptops e tablets – além da popularização dos smartphones com conexão Wi-fi – estão fazendo muita gente optar pela tecnologia sem fio na hora de montar uma rede doméstica. Não são poucos os que estão abrindo mão dos desktops em favor dos laptops para aproveitar a mobilidade da conexão sem fio por causa da sua praticidade. Não há dúvida que é bem melhor poder acessar a internet em vários cômodos da casa ao mesmo tempo do que ficar preso a um único ponto de acesso.

Mas as dores de cabeça têm aumentado na mesma proporção que a adoção dessa tecnologia. O motivo é simples: montar uma rede doméstica sem fio requer um certo estudo; uma engenharia, ainda que mínima.
São comuns os casos de pessoas que compram um roteador Wi-fi, seguem as instruções de instalação, mas mesmo assim se frustram com a má qualidade do sinal. Existem casos em que o sinal simplesmente não avança além do cômodo onde o roteador foi instalado. Esses problemas no sinal wireless são, em grande parte, causados por alguns vilões bem conhecidos. Conheça-os e saiba como minimizar seus efeitos.

1 – Materiais usados na construção (paredes e outras obstruções)

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O material usado nas construções e a forma com que essas construções são feitas têm efeito direto em como o sinal Wi-fi vai navegar na sua casa ou apartamento. A solução aqui é colocar o seu roteador no local mais central possível da sua casa e no ponto mais alto do cômodo escolhido – não há problema nenhum em instalá-lo no alto de um guarda-roupas, por exemplo, aliás, quanto mais alto o roteador, melhor o sinal. Mantenha a antena sempre na posição vertical – o sinal viaja pelos lados da antena, e não por cima.
Lembre-se que os piores lugares para instalar o roteador são locais próximos a outros aparelhos eletrônicos.

2 – Interferência de vizinhos e escritórios
Dependendo da região onde você mora o tráfico de redes sem fio pode ser imenso. A região da Avenida Paulista, em São Paulo, por exemplo, é um inferno na Terra para quem quer montar uma rede wireless. Os roteadores atuais permitem que você use diferentes canais de conexão (é mais ou menos a mesma lógica de procurar a melhor sintonia para uma estação de rádio). Algumas ferramentas da web podem ajudar você a localizar o canal wireless menos usado na sua casa. Um bom exemplo é o Meraki. Encontrado o canal menos usado, basta alterar as configurações do seu roteador.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 – Sinal Baixo




Pode acontecer de você simplesmente não ter feito a melhor escolha na hora de comprar um roteador para a sua casa e o sinal fique fraco no momento em que você deixa o cômodo em que o aparelho está instalado.

Um dos problemas pode ser a antena do aparelho (já reparou que alguns roteadores tem antenas maiores do que os outros? Isso não é por acaso). Existem várias soluções caseiras – mas garantidas – para você aumentar o sinal do seu Wi-fi disponíveis na internet. A mais curiosa delas envolve arame, um parafuso para madeira e um canudinho. Veja um vídeo explicativo neste site.


4 – Repetição de sinal



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa é a última instância para solucionar problemas com a sua conexão Wi-fi. Você já tentou de tudo e o sinal continua fraco em alguns cômodos da sua casa. Não há outro jeito, você vai precisar repetir o sinal. E isso, claro, vai depender do investimento em repetidor wireless. Ele vai receber o sinal do seu roteador e repeti-lo de forma que o sinal chegue até os pontos cegos da sua casa ou apartamento.

Outra dica importante na hora de decidir montar uma rede é evitar a mistura de componentes de padrões diferentes. Atualmente, a maioria dos roteadores usa os padrões 802.11g ou 802.11n. Antes de montar sua rede, verifique qual o padrão do seu laptop.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

HD Externo – Como escolher um HD externo

HD Externo – Como escolher um HD externo

Como escolher um HD externo? Saiba como e por que utilizar um HD externo, entenda a diferença entre HD USB e HD SATA. Você pode usar um case para HD externo também.

HD – Histórico e Funcionamento

HD vem do inglês hard disk drive, ou seja, dispositivo de disco rígido. É a parte do PC em que os dados são armazenados. Trata-se, ao contrário da memória RAM, de uma memória não-volátil, as informações permanecem mesmo quando o computador é desligado. Por isso é fundamental para execução de programas e para salvar arquivos.

O primeiro HD foi construído pela IBM em 1957. Era formado por 50 discos magnéticos e tinha capacidade para 5 MB. Os primeiros discos rígidos utilizavam a mesma mídia magnética que os disquetes, já os HDs atuais usam mídia laminada. Os discos magnéticos são recobertos por uma camada magnética que quanto mais fina, mais densa, ou seja, tem maior capacidade para armazenar dados.

O HD utiliza um eletroímã muito preciso para gravação de dados, trata-se de uma bobina de fios envolvendo um núcleo de ferro. O campo magnético da cabeça de leitura e gravação organiza as moléculas para gravar os dados. Os pólos positivos das moléculas de óxido de ferro da superfície alinham-se aos pólos negativos da cabeça. O disco gira continuamente de modo a alterar a polaridade da cabeça de leitura e gravação, mudando também a direção das moléculas na superfície gravável.

O bit é a menor unidade de informação que pode ser gravada e sempre assume o valor de 0 ou 1. Nesse caso, o que determina o valor de cada bit gravado é a direção dos pólos. Quanto mais denso for o disco, menos moléculas são usadas para formar cada bit. Os computadores possuem um código de instruções com ações que são capazes de executar, esse código é constituído por sequências de múltiplos de bits, os bytes. Para ler o código, a cabeça de leitura capta os sinais das moléculas, a variação entre os sinais positivos e negativos gera uma corrente elétrica que caminha pelos fios da bobina. Os sinais são interpretados como bits pela placa lógica do HD.

Os HDs foram criados para serem usados em computadores, mas no século XXI tiveram seu uso expandido. Atualmente, dispositivos como filmadoras, MP3 players, celulares e PDAs vêm com HD embutido. Os consoles para games Xbox 360 e Playstation3 foram fabricados com HD próprio. E ainda existem os HDs externos que transportam grande quantidade de dados entre computadores distintos, sem o uso de rede.

HD externo – como e para que utilizar

O HD externo é uma ótima opção para liberar espaço em seu PC e proteger aqueles filmes e músicas que tanto ama. Já imaginou se o seu HD um dia queima? Pronto, lá se vai uma vida pela rede elétrica. Ao fazer backups periodicamente do PC para o HD externo, você assegura a preservação dos seus documentos, fotos e tudo mais que armazenar.

Outra vantagem do uso do HD externo é que ele é mais prático de ser instalado e pode ser usado em mais de um computador. Se você precisa levar trabalho pra casa, eis aí a solução. Muito mais fácil transportar um HD externo do que um computador inteiro. E para aqueles que usam notebook, o HD externo é uma maneira mais segura de transportar os dados, pois mesmo que seja roubado, os arquivos confidenciais podem ser protegidos por softwares de criptografia ou biometria, que reconhece a impressão digital do usuário.

Outros pontos importantes que você deve levar em conta ao utilizar um HD externo são:

Conexão externa: dê preferência para computadores que já tenham entrada USB 2.0, a maioria dos modelos mais recentes já vem com essa entrada. A taxa de transferência de dados é maior que na antecessora USB 1.1.

Sistema operacional: para usar seu HD externo com tranquilidade, opte por sistemas operacionais mais recentes. Alguns HDs vêm com um software adaptador para outros sistemas operacionais. Muitas vezes, o BIOS (Sistema Básico de Entrada/Saída) – programa pré-gravado no computador responsável pela inicialização do sistema – impede o acesso ao HD externo. Nesse caso, pode ser que você precise atualizar o BIOS, mas contrate um técnico, nada de fazer isso sozinho, o prejuízo pode ser muito maior que a economia.

HD externo – o que avaliar na compra:

Robustez: se você pretende transportar seu HD externo com frequência, confira a resistência física de cada modelo. Alguns modelos possuem proteção anti-impactos.

Software: alguns modelos vêm com software de proteção de dados incluso, outros oferecem softwares com funcionalidades ligadas à compressão e transferência de arquivos, como backup automático.

Capacidade de memória: aí vai do tanto de espaço que você precisa, existem modelos com maior ou menor capacidade. Inclusive modelos de HD 1 tb, lembrando que isso equivale a 1000 GB.

Capacidade para multimídia: existem HDs externos que podem ser conectados a televisores e projetores para reproduzir vídeos, fotografias, entre outros formatos.

Velocidade de rotação: expressa em RPMs. Quanto mais alta, maior a rapidez de leitura e gravação de dados.

Tempo de busca: é o tempo que a cabeça de leitura/gravação leva para mover-se até o local correto. HDs de alta performance apresentam até 2ms como tempo de busca.

Buffer: funciona como a memória cache do HD, é a capacidade para pré-gravação de dados. Quanto maior o buffer, mais rápido o tempo de busca.

HD USB versus HD SATA. Qual o melhor HD externo?

SATA e USB são tipos de conexão e a resposta dessa pergunta é: depende. A maioria dos computadores com Windows tem conexão USB 2.0 como padrão. Se você pretende utilizar seu HD externo em computadores distintos, opte por um modelo que ofereça conexão USB, que é mais comum. Um HD externo que acompanhe cabo eSATA oferece uma conexão mais rápida com transferência de até 3 Gbit/s, mas para isso a placa-mãe do computador em que o HD será conectado deve ter porta SATA. Você também pode instalar uma placa SATA PCI em seu computador, para ter conectividade eSATA. Para edição de áudio, vídeo ou backup de grandes volumes, a conexão eSATA é mais recomendada.

Case para HD externo

Uma alternativa é comprar um case para HD externo que são gabinetes vazios em que você pode instalar o HD que desejar. Opte por um case SATA, que é a interface mais atual. A vantagem é que com um único case, você pode usar vários HDs.

Lembre-se que o case deve ser compatível ao HD, assim existem opções híbridas com portas USB 2.0, mas que convertem os dados SATA através de uma placa lógica. Existem modelos que aceitam HDs SATA ou PATA (IDE). Se o HD a ser utilizado oferecer conexão SATA 3.0 Gbit/s, o case necessariamente deve ser compatível com essa conexão, também conhecida como SATA II.